Em sua recente mensagem para o Dia Mundial Missionário 2004, afirmou João Paulo II:

Os desafios sociais e religiosos que a humanidade enfrenta em nossos tempos estimulam os fiéis a renovarem-se no fervor missionário.

E Dom Cláudio Hummes, como eco fiel da voz do Papa, promoveu uma reunião com os 38 movimentos religiosos atuantes na Arquidiocese de São Paulo, na qual declarou:

Temos de criar e desenvolver entre nós católicos uma “cultura missionária” que permeie as celebrações, a formação dos sacerdotes, dos agentes de pastoral e dos fiéis.

Em consequência, convocou o laicato católico a assumir um compromisso de “missão permanente”.

A fidelidade abrasada de amor à infalibilidade pontifícia leva os Arautos a acolherem com emoção as palavras do Papa e as emanadas da hierarquia eclesiástica.

Precisamos de novos missionários! Este é o sentido da cena reproduzida na capa deste número.

Prosternados no solo da nave central da Basílica do Carmo (São Paulo), cinquenta jovens de várias nações unem suas vozes no cântico do “Confiteor”.

Esse rito multissecular da Igreja simboliza o despojamento do “homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras”, e o surgimento do “homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4, 22-24).

Reconhecendo suas limitações e suas próprias faltas, eles imploram a misericórdia divina.

Para manifestarem sua decisão de abraçar com fervor a missão de Arautos do Reino de Cristo, renovaram em seguida a consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort e foram revestidos do hábito da instituição.

Para eles, é o início de uma vida nova. Para trás fica o “homem velho”, ergue-se o “homem novo”. Serão doravante dedicados missionários dentro da nova evangelização.

A alegria estampada em suas juvenis fisionomias, ao final da cerimônia, comoveu os assistentes. Experimentavam aqueles jovens a verdadeira felicidade, fruto de sua decidida entrega nas mãos de Deus para serem instrumentos despretensiosos a serviço da Igreja.

E essa alegria se estendia aos familiares de cada um deles, confirmando o que disse o Papa João Paulo II em recente encontro com bispos da Conferência Episcopal Italiana:

Sabei que o Senhor não Se deixa vencer em generosidade e que todo chamado seu é uma grande bênção, inclusive para a família de quem foi chamado.

Com os olhos postos na Mãe do Bom Pastor, imploramos as melhores graças de seu Divino Filho para a grande renovação do “fervor missionário” na Igreja de hoje, conclamada por João Paulo II e posta em prática por nossa hierarquia: “Queremos ver Jesus, caminho, verdade e vida!” (Projeto Nacional de Evangelização).