Dezembro, os raios do astro rei aqueciam as verdejantes campinas do Prado da Estrela, onde um numeroso rebanho pastava, guiado por uma simpática jovenzinha chamada Hanna. Filha de Pedro, experimentado pastor, ela tinha doze anos, mas desde os sete seu pai a vinha instruindo na arte de conduzir ovelhas. Era alta, magra e levava o costumeiro véu sobre a cabeça, que emoldurava sua fisionomia sempre alegre. Gostava de vestir sua túnica verde clara, com uma faixa lilás à cintura e um avental da mesma cor de seu véu.

Para Hanna, seu trabalho não lhe era penoso. Ela conhecia as …