Tão significativo foi o nascimento de Jesus, que dividiu a história da Humanidade em dois grandes períodos: antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.).

Não podia deixar de ser assim. Afinal, o que de mais importante poderia ocorrer na criação do que a encarnação de Deus, e sua plenitude – em termos humanos – no Natal?

A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que Se apresenta a nós, verdadeiro homem, na gruta de Belém.

Um dos títulos de Jesus é Emanuel, palavra hebraica que significa “Deus conosco”. Como um termo tão simples pode conter uma verdade tão ampla, tão misteriosa, tão inabarcável por nós como essa?

“E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Deus nos amou tanto que desejou que seu Filho estivesse bem perto de nós. E o Filho – Deus verdadeiro de Deus verdadeiro – tanto nos amou que Se comprazia em Se chamar “Filho do homem”, como lemos tantas vezes no Evangelho.

Ao nos aproximarmos de um presépio e contemplarmos a imagem do Menino Jesus, lembremo-nos desse amor que levou Deus a colocar-Se ao nosso alcance, tornando-Se uma criancinha, tão frágil, tão tenra; a passar nove meses no seio virginal de uma criatura humana, Maria Santíssima; a querer depender do carinho d'Ela; a desejar o amor maternal d'Ela; a dispor que esse amor maternal incidisse também sobre nós, pois no-La deu por Mãe.

A Cristandade já celebrou cerca de duas mil vezes o nascimento de Jesus, em circunstâncias diversas: festivas ou trágicas, agitadas ou tranquilas, gloriosas ou banais.

Mas, qualquer que fosse a ocasião, sempre presente se fez uma paz sobrenatural que toca o coração de todos, a mesma paz que reinou naquela noite bendita do Natal de Deus humanado. Graça que não apenas nos lembra o Deus feito homem, mas nos convida também a nos elevarmos até Ele.

Quando acabamos de atravessar os umbrais do terceiro milênio, uma pergunta paira no ar sem encontrar resposta: o que nos aguarda? Que rumo tomarão os acontecimentos? O futuro só Deus conhece.

Todavia, de algo estamos certos: “Por fim meu Imaculado Coração triunfará”, prometeu Nossa Senhora. De nossa parte, esse triunfo pode ser apressado pela fidelidade ao santo rosário, como Ela mesma pediu em Fátima, e como o Papa quer de nós.

Recolhidos diante do presépio, com o terço na mão, peçamos que chegue logo esse dia bendito em que Maria, e por meio d1Ela, seu divino Filho, tenham seus tronos no coração de cada homem.