“Kintsugi” e a arte do perdão divino
Estamos acostumados ao descartável, ao prático e ao efêmero; além disso, vivemos numa sociedade que, em consequência, é cada vez mais inimiga do pulcro, do elevado e do perene. Desse modo, talvez nos seja difícil compreender uma forma de arte oriental, o kintsugi, que visa restaurar objetos despedaçados de modo a sublimá-los, afirmando assim que dos cacos decorrentes de um desastre supostamente irreparável pode surgir algo superior.
A história do kintsugi – do japonês, marcenaria em ouro – remonta ao final …