Os livros enchem as estantes das numerosas e até incontáveis bibliotecas do mundo inteiro e, hoje, ainda mais ricas são as informações oriundas da cibernética.

Princípios, normas e doutrinas pululam em quase todos os cantos, constituindo-se em verdadeira avalanche de escolas e modos de pensar que, numa era toda feita de facilidade de comunicações, se entrecruzam criando uma crescente perplexidade: qual o caminho certo a percorrer?

Não foi sem divina preocupação que Jesus nos deixou uma cátedra infalível. Nela se encontra o Sumo Pontífice a indicar os rumos àqueles que desejam evitar o erro e o mal.

Justamente esse tem sido o mérito de nosso atual Papa, João Paulo II. Ele deu a lume, até a presente data, 4 livros, 14 encíclicas, 13 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas, 42 cartas apostólicas e 28 motu proprio. Isto sem contar os valiosos comentários sobre os salmos e outros temas, feitos em mais de 1.000 audiências gerais, ou os ensinamentos e conselhos emitidos em mais de 20 mil discursos.

De fato, esse pontificado tem se revelado como um dos mais ricos até o presente momento, e difícil é encontrar algum tema ainda não belamente tratado por nosso Papa.

E se não bastasse esse tesouro de explicitações, vemos o nosso Pontífice viver os próprios pronunciamentos. Ele mesmo chegou a afirmar: “as palavras movem, mas o exemplo arrasta”, em setembro de 2003, na Homilia de Roznava (Eslováquia), e talvez por essa razão tomou a deliberação de, ao longo de sua vida, mostrar-nos com fatos as vias a seguir.

O vermos no dia a dia do Santo Padre uma representação viva da atraente doutrina contida nos documentos pontifícios aumenta nossa adesão a ela.

É nessa perspectiva que devemos analisar a viagem de João Paulo II a Lourdes. Dando comovente exemplo de filial piedade e confiança, o Papa se colocou diante de Nossa Senhora como peregrino “para apresentar a Deus, por intermédio de Maria Virgem, todas as intenções da Igreja e do mundo” (Saudação aos enfermos, 14/8/2004).

A peregrinação do Papa foi um “ato de devoção e de amor para com a Virgem Santa, a Mulher gloriosa do Apocalipse, que leva em sua cabeça uma coroa de doze estrelas” (Intervenção durante a procissão das tochas, 14/8/2004).

Sua Santidade partiu em busca de um lugar onde “a Virgem Maria empreendeu um diálogo entre o Céu e a terra, que se prolongou e perdura ainda” (Idem).

Deixemos nossos corações serem levados por esse paradigma e digamos junto com o Santo Padre:

Minha boa Mãe, tende piedade de mim; entrego-me totalmente a Vós para que me deis vosso querido Filho, a quem quero amar de todo o coração. Minha boa Mãe, dai-me um coração que arda totalmente por Jesus (Introdução à oração do rosário, 15/8/2004).