Cada início de ano se parece com o nascimento de uma criança. Assim como, em torno do berço do bebê, parentes e amigos dão palpites a respeito de seu futuro, no começo de cada ano multiplicam-se os prognósticos sobre como ele transcorrerá. Alguns totalmente descabidos, outros com boa dose de probabilidade.

Também nós perscrutamos o horizonte, procurando descobrir que rumo tomarão neste terceiro ano do novo milênio os acontecimentos internacionais, religiosos, sociais, políticos e econômicos.

De um lado, ameaçam-nos perspectivas dramáticas e carregadas. De outro, encorajam-nos grandes e esplendorosos fatores de esperança.

Difícil é imaginar que possa ter havido na história uma época tão densa de incertezas como a nossa. Mas, qualquer que seja o rumo tomado pelos fatos, eles se passarão sob o olhar de Deus, e isso é o que mais importa.

Segundo São Paulo, tudo quanto acontece, a Divina Providência o permite em benefício daqueles que têm para Ela o coração aberto. Daí poder-se afirmar com segurança que, no momento presente, as palavras-chave são serenidade, confiança na Providência e oração.

A elas nos exorta também o Papa João Paulo II, citando Isaías, “o profeta da consolação e da esperança”: “Dizei àqueles que têm o coração perturbado: ‘Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus! Ele mesmo vem vos salvar’” (Audiência geral, 18/12/2002).

Não é possível tocar nesse tema sem recordar a maternal e grandiosa profecia feita por Nossa Senhora, em Fátima, no ano de 1917.

Após revelar aos três pastorinhos graves acontecimentos pendentes sobre o mundo, Ela confiou-lhes esta mensagem: “Por fim, o meu Coração Imaculado triunfará!”

Portanto, ocorram dramas ou se realizem esperanças, no fim de tudo, os beneficiados serão aqueles que mantiverem inabalável a certeza do cumprimento dessa promessa da Mãe de Deus.